Novamente vou parar o blog, dessa vez por causa nobre. Começei a escrita de meu livro. Não vou parar de escrever mesmo aqui, mas vou diminuir a quantidade de textos... Depois estou de volta integralmente. Abraços.
Escrita
Não vou falar de muitos em nome de poucos
Não vou desconstruir o que já foi feito
Não vou venerar características caducas
Não vou me preocupar com formas
Vou falar de todos em meu nome
Vou escrever sem olhar para trás
Vou fazer o que me vem na mente e nas mãos
Sem lustrar nem podar as palavras
Não vou desconstruir o que já foi feito
Não vou venerar características caducas
Não vou me preocupar com formas
Vou falar de todos em meu nome
Vou escrever sem olhar para trás
Vou fazer o que me vem na mente e nas mãos
Sem lustrar nem podar as palavras
Homem
O homem não é só mente
É corpo, é alma...
O homem não é somente
É grupo, é raça, é gente
O homem não só mente
Ele cria, ele muda, ele sente
O homem não somente
vive e morre. É evidente
O homem é homem e mulher
É o médico e o paciente
É só ele e é a gente
É sofredor e é agente
O homem é a doença e o doente
É corpo, é alma...
O homem não é somente
É grupo, é raça, é gente
O homem não só mente
Ele cria, ele muda, ele sente
O homem não somente
vive e morre. É evidente
O homem é homem e mulher
É o médico e o paciente
É só ele e é a gente
É sofredor e é agente
O homem é a doença e o doente
Ira
E lá estava eu, possuido por uma raiva, um ódio que surgia não sei de onde e dominava minhas mãos e minhas idéias. Eu estava com as palavras saltando pelos olhos e ouvidos. Elas sairam de modo tão agressivo e tão sereno. A raiva estava contida naquele conjunto de palavras. Não eram apenas palavras, eram sentimentos, era eu, era ele, era o xingamento disfarçado, o insulto subentendido. Todo o ódio que podia haver em mim condensado em forma de letras.
Norma
A Norma se diz culta
Mas de cultura não tem nada
A Norma é dramática
Não, não... é gramática
Cultura não tem norma, nem regra
Então se é Norma, não é culta...
E agora Norma, vai mudar de forma
Ou vai continuar sem cultura?
Norma é conservadora, é teimosa
Insiste em dizer que estamos errados
Norma é uma idosa
Que conheci muito por acaso
Mas não gosto da Norma
Ela adora educar os outros
Mas é muito mal-educada
Muito mal formada
Intão vô caminhanu bem longe da Norma
Pá daqui a pôco ela num vim dizê
Que eu tô errado e blábláblá
Mas de cultura não tem nada
A Norma é dramática
Não, não... é gramática
Cultura não tem norma, nem regra
Então se é Norma, não é culta...
E agora Norma, vai mudar de forma
Ou vai continuar sem cultura?
Norma é conservadora, é teimosa
Insiste em dizer que estamos errados
Norma é uma idosa
Que conheci muito por acaso
Mas não gosto da Norma
Ela adora educar os outros
Mas é muito mal-educada
Muito mal formada
Intão vô caminhanu bem longe da Norma
Pá daqui a pôco ela num vim dizê
Que eu tô errado e blábláblá
Paradoxo
Sou intensamente suave
Paradoxalmente lógico
Sou instantâneamente eterno
Completamente incompleto
Sou imensamente pequeno
incomparavelmente semelhante
Sou igualmente distinto
E virtualmente real
Posso ser, muitas vezes,
paradoxal
mas nunca contraditório
A vida é feita em paradoxo
Vida sem morte não é vida
Morte sem vida não é morte
E uma depende, inexoravelmente,
da outra
Paradoxalmente lógico
Sou instantâneamente eterno
Completamente incompleto
Sou imensamente pequeno
incomparavelmente semelhante
Sou igualmente distinto
E virtualmente real
Posso ser, muitas vezes,
paradoxal
mas nunca contraditório
A vida é feita em paradoxo
Vida sem morte não é vida
Morte sem vida não é morte
E uma depende, inexoravelmente,
da outra
Regras
"Regras foram feitas para serem quebradas". Acho que não... limitações foram feitas para serem quebradas. Regras foram feitas para serem cumpridas. Se você não tem a capacidade de cumprir uma regra você é extremamente limitado. É limitado por seus instintos e não consegue se desvencilhar deles. Se você não fosse tão limitado por seus instintos não precisariam haver regras.
Sentidos
Meu coração pulsa na mão
E no meu peito a aflição
O mundo corre devagar
E eu devagando em outro lugar
Perco meu olhar
Ouço onde deveria tocar
E cheiro o que é paladar
Eu toco o que se é de escutar
E o que vejo é o meu tocar
Meu coração é música que toca a alma
É sentido que corre as mãos
É vida que se sente e se acalma
É muitas vezes grande turbilhão
E no meu peito a aflição
O mundo corre devagar
E eu devagando em outro lugar
Perco meu olhar
Ouço onde deveria tocar
E cheiro o que é paladar
Eu toco o que se é de escutar
E o que vejo é o meu tocar
Meu coração é música que toca a alma
É sentido que corre as mãos
É vida que se sente e se acalma
É muitas vezes grande turbilhão
Trabalho
Acordar, levantar, caminhar
TRABALHAR, TRABALHAR, TRABALHAR
Voltar, jantar, deitar
TRABALHAR, TRABALHAR, TRABALHAR
Lá em casa todo dia é meio-dia
É feijão, arroz, farinha
Uma carne quando tem
Não tem dinheiro pra cerveja
E o pão dormido serve a mesa
serve pro jantar também
Essa vida é muito dura
Dura enquanto eu aguentar
Trabalhar só pra viver
E viver pra trabalhar
Seis filhos pra criar
Sete contas pra pagar
E nenhum: Oi tudo bem, comé que tá!?
Sua vida me interessa
Porque não é você que se estressa
Sem ter o que comer
Sua vida me estressa
Porque você não se interessa
Se vou ter o que comer
TRABALHAR, TRABALHAR, TRABALHAR
Voltar, jantar, deitar
TRABALHAR, TRABALHAR, TRABALHAR
Lá em casa todo dia é meio-dia
É feijão, arroz, farinha
Uma carne quando tem
Não tem dinheiro pra cerveja
E o pão dormido serve a mesa
serve pro jantar também
Essa vida é muito dura
Dura enquanto eu aguentar
Trabalhar só pra viver
E viver pra trabalhar
Seis filhos pra criar
Sete contas pra pagar
E nenhum: Oi tudo bem, comé que tá!?
Sua vida me interessa
Porque não é você que se estressa
Sem ter o que comer
Sua vida me estressa
Porque você não se interessa
Se vou ter o que comer
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