Viajando de carro por uma longa estrada acabei me dando conta das semelhanças daquela estrada com minha vida. Bifurcações, buracos, atalhos, caminhos mal feitos, enfim, praticamente tudo que estava lá parecia ter relação com a estrada da minha vida, porém essas conclusões são imediatas e bem claras, mas chegei a perceber algo que acabou por me explicar coisas que tinha dúvida. Ao olhar para as margens da estrada, com o carro em alta velocidade, percebi como as folhas próximas a estrada passavam rápido, e como as paisagens do fundo pareciam quase estar paradas, e entre o plano de fundo e o imediato da margem uma progressão de velocidades dos objetos que passavam por mim. Olhei por algum tempo e lembrei como os anos sempre parecem passar mais rápido, e como o passado, mesmo que distante, é sempre passado, mas está sempre ali, presente. Como na estrada: O que está próximo sempre parece passar mais rápido enquanto o que está mais distante, mais remoto, permanece ali, sempre presente. Isso me explicou muito bem, porque sempre chego aquela velha conclusão: Noooossa, como esse ano passou rápido. Agora eu sei também que a viagem não está na chegada ao destino e sim, na volta dele.
Fim do ciclo
Esse ano cada um vai pra seu canto.
Novos rumos, amizades
as vezes países, cidades
É inevitável a separação
Mas espero que estejam aqui
Novos rumos, amizades
as vezes países, cidades
É inevitável a separação
Mas espero que estejam aqui
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